top of page

Diante do contexto global de catástrofes, crises e emergência climática, Territórios Sensíveis é uma plataforma de pesquisa e criação em artes e ciências, que reúne coletivos temporários de artistas-pesquisadores, cientistas e comunidades locais para que juntos possam atuar de forma performativa e colaborativa na investigação e construção de diálogos entre o campo das artes, da sociedade e as questões ambientais. 

Criada em 2014, pela artista brasileira Walmeri Ribeiro, a plataforma tem como objetivo (re)pensar práticas artísticas de criação e de fruição, investigando formas ético-políticas-estéticas de fazer arte, assim como, o engajamento social e ambiental das artes frente aos desafios contemporâneos. Por acreditar na dimensão política e na potência sensível do fazer artístico, agindo na construção de campos de afeto, busca estimular formas de imaginar, sonhar e agir na construção de mundos outros, de novos e possíveis modos de existência e coexistência entre humanos e não-humanos.

Desenvolvidas em forma de Laboratórios de pesquisa e criação artística, as ações são balizadas por conceitos como emergência, processualidade, experiência, corpo poroso, conhecimento corporificado, embodiment e emplacement. Partindo de ações performativas, imersivas e colaborativas desdobram-se performances, intervenções site-specific, obras visuais, sonoras e audiovisuais, instalações e publicações.

 Há alguns anos, nosso foco de pesquisa e criação está voltado para uma atuação em territórios em ruínas, intensamente devastados, poluídos e atingidos pelos impactos de um projeto moderno de “civilização”, centrado no extrativismo e no progresso, que “cega todos os órgãos sensoriais vitais e cria corpos insensíveis, acostumados à violência” (Aráoz, 2020).

Como, então, re-sensibilizar nossos corpos? Como criar formas de [sobre]viver, de imaginar e de sonhar em meio às veias abertas do Antropoceno?  Como tornar nossos corpos “corpos porosos” (Ribeiro,2021), ativando toda sua potência de agir frente às crises contemporâneas?

Com estas perguntas, atualmente, nossas ações estão voltadas para a investigação de sistemas regenerantes.


Por Walmeri Ribeiro

 

 

In face of the global context posed by catastrophes, crises, and climate emergencies, Sensitive Territories is a platform of research-creation projects in arts and sciences that assembles artist-researchers, scientists, and local communities to work together performatively and collaboratively in the investigation and construction of dialogues between the fields of arts, society and environmental issues.

Created in 2014 by Brazilian artist Walmeri Ribeiro, – based on Performance theories and practices, especially from Performance as Research (PaR) – the project aims to (re)think the creation and fruition of artistic practices, investigating ethico-political-aesthetic modes of producing art, as well as social and environmental engagements of arts to address contemporary challenges. Believing in the political dimension as much as in the sensitive potentiality of art practices, the project acts in the construction of affective fields to encourage ways of imagining, dreaming, and acting in the construction of other worlds, of new and possible ways of existence and coexistence among humans and non-humans entities.

Developed through Laboratories of research and artistic creation, the actions are guided by concepts such as emergency, processuality, experience, porous body, embodied Knowledge, embodiment, and emplacement. Departing from performative, immersive, and collaborative actions that unfold into performances, site-specific interventions, visual and sound pieces, videoinstallations, and publications.

For some years, our research and creation has been focused on operating in territories that are in ruins, intensely devastated, polluted, and impacted by the modern "civilization" project, centered on extractivism and progress, which "blinds all vital sensorial organs and creates insensitive bodies, accustomed to violence" (Aráoz, 2020).

How, then, to re-sensitize our bodies? How to create ways of living (not just surviving), to imagine and dream amidst the open veins of the Anthropocene? How to render our bodies "porous bodies" (Ribeiro,2021), activating all their potency to act facing contemporary crises?

With these questions, our actions are currently focused on the investigation of regenerating systems.

By Walmeri Ribeiro

 

bottom of page